Neste sentido, as mudanças propostas pela indústria 4.0 tem forçado as organizações a repensar o modelo operacional de forma a se tornarem as mais rápidas, ágeis e adaptadas ao mundo em constante mudança onde a concorrência é cada vez mais complexa.
Para dar resposta a estas mudanças o desenvolvimento de um sistema de pesagem ciber-físico disruptivo, integrador de uma plataforma cloud agregadora e dispositivos inteligentes (célula de carga, Smart Box e Smart Devices) que possam ser usados pelas empresas do Grupo, espalhadas por várias geografias, surge o projeto NeWeSt.
Uma plataforma Cloud agregadora de dados que por sua vez faz uso de microserviços compostos pelas tecnologias mais disruptivas capaz de tornar estes dados informações decisivas para criação de uma nova oferta de negócio.
Segurança, rastreabilidade, inteligência e predição, tudo disponível de forma agnóstica ao modelo de negócio, permitindo que sejam feitos desenvolvimentos de suas próprias soluções para ajustar a realidade de cada negócio, criando assim um ecossistema próprio ao redor da Plataforma NeWeSt.
Plataforma Cloud agregadora de dados e serviços, capaz de oferecer novos tipos de serviços, através da aquisição de dados de IoT genéricos da nova célula de carga, nomeadamente:
Para além destes serviços de base, ainda oferece interfaces de programação (APIs) com diferentes níveis de acesso para criação de novas aplicações de negócio dentro do ecossistema Cachapuz.
O modelo de negócio da plataforma assenta na monetização dos serviços de valor acrescentado oferecidos pela plataforma.
Células de carga digitais com sensores inovadores, dispositivos IoT e firmware; Smart Boxes, com sistemas operativos open source e funcionalidades de pesagem e comunicação inteligentes e Smart Devices com funcionalidades de agregação, processamento de dados e comunicação inteligentes com as diversas camadas de abstração.
Sensores magnetoresistivos nanofabricados nos laboratórios do INL, assim como outros sensores do tipo piezo-eléctrico; permitindo novas fontes e tipos de dados, para além da otimização do consumo energético.
Firmware Update Over The Air seguro e suporte a vários tipos de comunicações: BLE e Wi-Fi para ambientes industriais (curto alcance), LoRa e NB-IoT para soluções de células de carga individuais com ligação segura e escalável através da infraestrutura de rede das operadoras de telecomunicações.
O DTx: Digital Transformation CoLAB organizou um workshop de apresentação e discussão de resultados intermédios do Projeto NeWeSt, no dia 14 de julho de 2021 na Universidade do Minho e instalações do DTx.
Este evento contou com a participação do Presidente da Direção Executiva e do CEO do DTx CoLAB, Ricardo J. Machado e André Matos, respetivamente, da CEO da Cachapuz, Graça Coelho, da Chief Officer for Business & Strategic Relations do INL, Paula Galvão, e outros representantes do conjunto de associados do DTx CoLAB.
A primeira intervenção do dia foi realizada por Ricardo J. Machado, oferecendo as boas-vindas a todos os participantes. As sessões da manhã foram ainda marcadas pela apresentação e discussão dos projetos concluídos e em desenvolvimento do DTx CoLAB com os seus associados, entre eles o NeWeSt.
A sessão da tarde, aberta ao público em geral, contou com a exibição de posters dos vários projetos do DTx. A equipa do Projeto NeWeSt apresentou os desafios científicos, a abordagem da investigação, resultados e inovações esperados, o estado dos outputs definidos, os principais riscos e problemas e os próximos passos do Projeto. Existiu ainda espaço para perguntas e respostas, promovendo a partilha de conhecimento e discussão de ideias.
Numa fase final do evento, foram ainda apresentados e discutidos os projetos de próxima geração do DTx CoLAB.
Este evento foi fundamental para o Projeto demonstrar a evolução dos resultados alcançados bem como expor algumas dificuldades sentidas e próximos passos do Projeto. Também se revelou interessante a recolha de feedback direto junto dos participantes do evento, fomentando assim a discussão e partilha de conhecimento gerado no âmbito do projeto, de forma a potenciar os seus benefícios.
Em entrevista à Revista Business Portugal, Cândido Martins, Executive & Innovation Manager da Cachapuz Bilanciai Group, e Joaquim Monteiro, Chief Operating Officer do Bilanciai Group, destacam que a Transformação Digital é muito mais do que rutura e evolução tecnológica: é uma forma de melhorar a vida das pessoas, desenvolver melhores serviços e produtos e melhorar a economia.
No mercado há mais de 100 anos, qual é a análise que faz do caminho percorrido pela Cachapuz que, para além da sua história, faz parte de um grupo Internacional Bilanciai, com um volume de negócios superior a 76 milhões de euros?
Cândido Martins (CM) – O Grupo Bilanciai integra, além da Cachapuz, empresas de Espanha, França, Reino Unido, Alemanha, Suíça, Bélgica, Holanda e Estados Unidos e possui uma rede de parceiros com abrangência global.
Em reconhecimento da capacidade tecnológica da Cachapuz, o Grupo Bilanciai concentrou em Portugal um dos seus Centros de Competências Tecnológicas com o objetivo de conceber e implementar soluções de software e automação que complementem e acrescentem valor aos equipamentos produzidos e comercializados pelas restantes empresas do grupo.
Os nossos 100 anos de história demonstram, acima de tudo, uma grande adaptabilidade às mudanças inerentes à evolução dos tempos. Foram vários os desafios que atravessámos, não obstante, estamos focados no presente e futuro da Cachapuz, em especial em reforçar a nossa a liderança no mercado com os sistemas integrados de pesagem (as nossas soluções SLV).
Sabemos que a empresa se encontra numa fase de reposicionamento da marca. Nesse sentido, explicite a estratégia que está a ser adotada e como a mesma contribuí para transformação digital da indústria.
Joaquim Monteiro (JM) – A Cachapuz tem, ao longo dos anos, investido no desenvolvimento de soluções tecnológicas que permitam às empresas responder de forma eficiente às suas necessidades reais, nomeadamente proporcionar uma maior eficiência na gestão das operações das unidades industriais.
Presentemente, estamos a apostar em criar e agregar valor acrescentado, as empresas não podem apenas disponibilizar um produto ou serviço, é necessário agregar conhecimento e tecnologia para criar relações estáveis e duradouras com os parceiros.
A nossa estratégia continuará a passar por investir em soluções tecnologicamente avançadas e expandir para um mercado global, inclusive dar continuidade às implementações das nossas soluções a nível nacional e internacional, incorporando gradualmente novos módulos e funcionalidades que as mantenham diferenciadoras e inovadoras nos sectores de mercado em que atuamos.
Consideram-se cada vez mais um parceiro na digitalização das empresas? Olhando para o panorama atual do país (em particular) e do mundo (em geral), é importante escolhermos o parceiro ideal? Aponte os fatores que fazem da Cachapuz uma escolha certeira.
CM – No nosso mercado, mantemos a liderança na conceção, produção e comercialização de equipamentos de pesagem e implementação de soluções de software e automação para a área industrial.
Internacionalmente somos, sem dúvida, uma referência na automatização e otimização de processos logísticos e temos soluções implementadas em unidades industriais de relevantes grupos empresariais de referência internacional, em particular na indústria do cimento. São soluções críticas e de alta disponibilidade que asseguram a automatização das operações logísticas de carga e descarga de camiões.
Garantimos aos nossos clientes o aproveitamento de todo o potencial da computação e automação para ajudar a que todo este processo seja otimizado, eficiente, inteligente e mais rápido.
Atualmente, a Cachapuz possui uma oferta integrada de soluções inovadoras, podemos quantificar as mais-valias que as mesmas apresentam e que aumenta a vossa competitividade face às demais empresas do sector?
JM – Dispomos de um conjunto de soluções integradas para gestão de pesagem, desenvolvido para responder às exigências da Indústria 4.0 e garantir a automatização das operações de pesagem, otimização e monotorização de procedimentos e análise de toda a informação.
A implementação das Soluções SLV permitem, por exemplo, aos nossos parceiros garantir a redução do tempo de conclusão de cada operação nas diversas áreas automatizadas e tempo de ciclo, aumentar o número de camiões despachados por dia, maximizando a capacidade de despacho/utilização da fábrica, o que pode levar a um aumento do volume de vendas de produtos acabados por dia e um maior controlo nas operações, diminuindo operações fraudulentas e erróneas. Além destes benefícios, permite ainda acompanhamento da unidade industrial em tempo real e acesso direto a relatórios e KPI completos e detalhados, que possibilitam um melhor entendimento do desempenho da fábrica, uma melhor tomada de decisão e a promoção da melhoria contínua.
A Cachapuz é um dos 18 membros da equipa Colab DTx, laboratório de investigação aplicada na área da transformação digital, em colaboração com a Fundação para a Ciência e Tecnologia e a Agência Nacional de Inovação. Esta parceria aumenta a vossa competitividade face às demais empresas do sector?
CM – Decisivamente, sim. Os projetos de investigação garantem inovação, no fundo, podemos afirmar que é a materialização no mercado de novas invenções. O DTx, em particular, tem como propósito ser um parceiro de referência na transformação digital dos seus associados assente nos pilares do conhecimento, competência, qualidade e paixão com que desenvolve a sua atividade. Neste momento, estamos a liderar o projeto NeWeSt em copromoção com o DTx, INL e Universidade do Minho que termina em junho de 2023, com um investimento na ordem dos 1.3 milhões de euros.
Estamos, também, a promover uma mudança de paradigma no ecossistema dos sistemas de pesagem, em termos de conceito e tecnologia, com a aquisição de dados IoT provenientes de novos sensores e dispositivos inteligentes, sua agregação numa plataforma cloud e disponibilização de uma arquitetura de micro serviços para desenvolvimento de uma nova oferta ao mercado.
Além do desenvolvimento de novos sensores e dispositivos inteligentes, os dados recolhidos serão tratados com recurso a inteligência artificial e a informação disponibilizada através de serviços inteligentes, contribuído para que os decisores possam usar essa informação para melhorarem os seus negócios. Por esse motivo, podemos afirmar que a tecnologia e a inovação são, sem dúvida, os grandes motores da Cachapuz.
O roadmap de transformação digital na Cachapuz em termos de futuro desenvolve-se assente em que vectores? Que objetivos estratégicos estão delineados para que a Cachapuz continue a promover um ecossistema de inovação na região e a fazer chegar tecnologia ‘made in Braga’ ao mundo?
CM – Desde sempre, a inovação e tecnologia fazem parte do ADN da Cachapuz e estão, como sempre estiveram, ao serviço dos processos, das pessoas e dos produtos, tendo como foco o seu crescimento. A Cachapuz existe porque inova. Quem não inova, não sobrevive. Na Cachapuz, a inovação não é propriedade de ninguém, é uma responsabilidade de todos, transversal a toda a organização.
O roadmap de transformação digital na Cachapuz definido para 2022-2024 desenvolve-se em vetores como a transição e a criação de dispositivos inteligentes; a transição da unidade industrial para a interligação entre unidades industriais; entender a cloud como facilitador para promover novos modelos de cooperação e negócios e tirar proveito de novas tecnologias para criar novos produtos. Soluções móveis, inteligência artificial, IoT, blockchain irão transformar drasticamente o portfólio das soluções atuais da Cachapuz.
FONTE: REVISTA BUSINESS PORTUGAL
A Cachapuz continua a promover um ecossistema de inovação na região e a fazer chegar tecnologia ‘made in Braga’ ao mundo, muito em parte pela sua visão colaborativa da transformação digital, como a ligação ao DTx Colab, com projetos disruptivos como o NeWeSt que promete mudar o paradigma dos sistemas de pesagem mundiais com integração de IoT e inteligência artificial…
O Centro de Competências Tecnológicas da Cachapuz, em Braga, é uma referência em todo o Bilanciai Group. Continuar a levar tecnologia de base portuguesa ao mundo continua a ser uma das principais missões desta estrutura?
O Grupo Bilanciai integra, além da Cachapuz, empresas em Espanha, França, Reino Unido, Alemanha, Suíça, Bélgica, Holanda e Estados Unidos e possui uma rede de parceiros com abrangência global. Em reconhecimento da capacidade tecnológica da Cachapuz, o Grupo Bilanciai tem, em Portugal, um dos seus Centros de Competências Tecnológicas com o objetivo de conceber e implementar soluções de software e automação que complementem e acrescentem valor aos equipamentos produzidos e comercializados pelas restantes empresas do grupo. Esta estrutura tem participado em diversos projetos de parceria que visam agregar inovação tecnológica e diferenciação à oferta do Grupo Bilanciai, sendo atualmente líder de um projeto em copromoção que tem como objetivo promover uma mudança de paradigma no ecossistema dos sistemas de pesagem, a nível de conceito, tecnologias utilizadas e modelos de negócio.
Que soluções ‘made in Braga’ são hoje aplicadas na indústria mundial?
Em Portugal somos líderes na conceção, produção e comercialização de equipamentos de pesagem e implementação de soluções de software e automação para a área industrial. A nível internacional somos uma referência na automatização e otimização de processos logísticos e temos soluções implementadas em unidades industriais de relevantes grupos empresariais de referência internacional, em particular na indústria do cimento. São soluções críticas e de alta disponibilidade que asseguram a automatização das operações logísticas de carga e descarga de camiões. Aproveitamos todo o potencial da computação e automação para ajudar a que todo este processo seja otimizado, eficiente, inteligente e mais rápido.
Consideram-se cada vez mais um parceiro na digitalização das empresas?
Somos um parceiro ativo na digitalização dos processos operacionais de forma integrada com os ERP’s dos clientes e fornecemos uma componente de Business Analysis que permite uma proatividade efetiva dos sistemas que implementamos. As nossas soluções proporcionam a interoperabilidade, conectividade e partilha de dados entre todos os intervenientes nos processos operacionais aumentando a eficiência dos recursos utilizados e a capacidade de resposta em tempo real a decisões críticas.
O capital humano e o talento da região são uma marca essencial da Cachapuz?
Os engenheiros estão no cerne das transformações económicas, na criação de novos produtos e novas áreas de alto valor acrescentado. Nada acontece sem a equação pessoas, conhecimento e cooperação. A Cachapuz sempre apostou em dotar a sua estrutura de colaboradores altamente qualificados, em particular licenciados na Universidade do Minho e, mais recentemente, de institutos politécnicos da região, promovendo também diversos estágios em colaboração com estas entidades. Para o desenvolvimento de competências é crítico termos níveis de habilitações cada vez mais elevados, apostando numa gestão de pessoas capaz de atrair e reter os talentos. Assim foi e será possível garantir a passagem do legado entre gerações permitindo que empresas centenárias, como a nossa, possam existir por mais séculos.
O desenvolvimento de respostas pioneiras só se alcança com cooperação?
Mantemos desde meados dos anos 80 uma relação de forte cooperação com a comunidade académica, destacando-se a Universidade do Minho, que em 1985 resultou no lançamento da primeira balança e do primeiro terminal eletrónico em Portugal. Desde então, participamos em programas e iniciativas que fomentam a relação entre os dois mundos, mas também em projetos de investigação que permitem desenvolver novas tecnologias para potenciar a entrada em novas geografias e em novos clientes. A escala e velocidade da evolução tecnológica que estamos a presenciar exigem que as organizações estabeleçam parcerias para a obtenção de respostas pioneiras e em tempo útil para o mercado. A Cachapuz existe porque inova. Quem não inova, não sobrevive. Na Cachapuz, a inovação não é propriedade de ninguém, é uma responsabilidade de todos, transversal a toda a organização.
“Soluções móveis, inteligência artificial, IOT, blockchain irão transformar drasticamente o portfólio das soluções atuais da Cachapuz.”, Cândido Sousa Martins, Executive & Innovation Manager da Cachapuz
Quão importantes se têm revelado os Laboratórios Colaborativos como o DTx Colab?
Os laboratórios colaborativos assumiram recente notoriedade, fundados com o objetivo principal de criar, direta e indiretamente, emprego qualificado e emprego científico em Portugal através da implementação de agendas de investigação e de inovação orientadas para a criação de valor económico e social. Acompanhando estas iniciativas, a Cachapuz participou na génese do Laboratório Colaborativo em Transformação Digital (DTx), que desenvolve investigação aplicada em diferentes áreas associadas à transformação digital e centra esta investigação na criação de sistemas ciberfísicos (CPS) de nova geração. Atualmente a Cachapuz ocupa a presidência do CES (Comité Estratégico e de Supervisão) do DTx e participa regularmente nas reuniões da Direção Executiva.
O que é que tem ‘saído’ destes laboratórios em termos de inovação?
Restringindo-nos ao exemplo do DTx, para além do sucesso reconhecido pelos associados dos resultados obtidos nos diversos projetos, de diferentes tipologias, em que está envolvido, de realçar as iniciativas em curso no âmbito das estruturas do tipo Pólo de Inovação Digital e projetos que foi convidado a integrar no âmbito das Agendas de Inovação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
O relatório anual dos mentores internacionais, nomeados pela ANI, que fazem o acompanhamento anual do desenvolvimento do DTx enquanto CoLAB, destaca que o DTx é claramente um dos CoLABs de melhor desempenho com a combinação certa de projetos de investigação e inovação e com um elevado impacto para o futuro económico de Portugal.
A transformação digital, ou a indústria 4.0, são hoje realidades nas empresas, mas é na prática da I&D que estes laboratórios fazem a diferença?
Os quadros altamente qualificados dos laboratórios colaborativos serão certamente as futuras áreas de I&D das empresas, permitindo a estas um maior foco no mercado e a redução do time-to-market na disponibilização de novos produtos e soluções. Retomando o exemplo do DTx, num universo de 51 colaboradores, a equipa é formada por 7 licenciados, 27 mestres e 17 doutores em diversas áreas de investigação. Ainda de referir que no seio dos seus colaboradores estão em curso seis Mestrados e nove Programas Doutorais no âmbito do trabalho desenvolvido pelo colab. Esta caracterização de recursos é certamente um fator crítico e diferenciador na prática de I&D que a maioria das empresas não consegue endereçar de forma autónoma.
O que visa o projeto NeWeSt?
O NeWeSt é um projeto liderado pela Cachapuz em copromoção com o DTx, INL e Universidade do Minho que termina em junho de 2023 com um investimento na ordem dos 1.3 milhões de euros. Com este projeto estamos a consolidar um espaço colaborativo entre todas as empresas do Grupo Bilanciai, sendo o DTx a equipa científica que está a liderar os desenvolvimentos nas diferentes áreas de atuação. Estamos, também, a promover uma mudança de paradigma no ecossistema dos sistemas de pesagem, em termos de conceito e tecnologia, com a aquisição de dados IoT provenientes de novos sensores e dispositivos inteligentes, a sua agregação numa plataforma cloud e disponibilização de uma arquitetura de microsserviços para desenvolvimento de uma nova oferta ao mercado. Além do desenvolvimento de novos sensores e dispositivos inteligentes, os dados recolhidos serão tratados com recurso a inteligência artificial e a informação disponibilizada através de serviços inteligentes, contribuindo para que os decisores possam usar essa informação para melhorarem os seus negócios.
É nesta lógica colaborativa que o futuro se constrói?
A lógica colaborativa já está a construir o futuro. Temos de ter a consciência que a transição digital é uma transformação contínua, os atuais modelos de negócio, as profissões e os modelos organizacionais não vão sobreviver, vão ser substituídos, muitos não sabemos como serão, mas serão diferentes. Só de uma forma colaborativa preparamos um futuro melhor a nível económico, social, empresarial e um futuro mais justo.
Que ações prevê o roadmap da Cachapuz para 2022/2024?
O roadmap de transformação digital na Cachapuz desenvolve-se em vetores como a criação de dispositivos inteligentes, a transição do dispositivo para a rede de dispositivos inteligentes; a transição da unidade industrial para a interligação entre unidades industriais; entender a Cloud como facilitador para promover novos modelos de cooperação e negócios e tirar proveito de novas tecnologias para criar novos produtos. Soluções móveis, inteligência artificial, IOT, blockchain irão transformar drasticamente o portfólio das soluções atuais da Cachapuz. Os próximos meses estarão alinhados com o roadmap 2022/2024, com ênfase no projeto NeWeSt e na continuidade de implementações das soluções a nível nacional e internacional, incorporando gradualmente novos módulos e funcionalidades que as mantenham diferenciadoras e inovadoras nos setores de mercado em que atuamos.
Morada: Parque Industrial de Sobreposta, Apartado 2012, 4701-952 Braga
Contacto: 253 603 480
Facebook: Cachapuz
Instagram: @cachapuzbilanciaigroup
FONTE: REVISTA SPOT
Cachapuz em destaque na Revista Internacional CemNet, especializada no setor do cimento, com o artigo desenvolvido para o projeto NeWeSt (“Nova geração de Sistemas de Pesagem ciber-físicos), pela Cachapuz, em conjunto com DTX Collab e a Universidade do Minho.
Os principais objetivos estratégicos deste projeto passam pelo desenvolvimento de uma plataforma cloud agregadora de dados e serviços, com a aquisição de dados de IoT e interfaces de programação (APIs) com diferentes níveis de acesso para criação de novas aplicações de negócio dentro do ecossistema Cachapuz; Desenvolvimento de dispositivos inteligentes, que incorporam: (i) células de carga digitais com sensores inovadores, dispositivos IoT e firmware; (ii) Smart Boxes, sistemas operativos open source e funcionalidades de pesagem e comunicação inteligentes e (iii) Smart Devices com funcionalidades de agregação, processamento de dados e comunicação inteligentes; Desenvolvimento de um sistema de comunicação de dados seguro e confiável, que recorre a Firmware Update Over The Air seguro e suporte a vários tipos de comunicações: BLE e Wi-Fi para ambientes industriais (curto alcance), LoRa e NB-IoT para soluções de células de carga individuais com ligação segura e escalável através da infraestrutura de rede das operadoras de telecomunicações; E o desenvolvimento de novos sensores, sensores magnetoresistivos nanofabricados nos laboratórios do INL, assim como outros sensores do tipo piezo-eléctrico.
O estudo apresentado neste artigo fornece uma nova abordagem baseada em dados para prever desvios de pesagem no carregamento de sacos, paletes ou cimento a granel em veículos numa fábrica de cimento. Dados empíricos do mundo real foram usados para explorar diferentes classificadores e comparar o seu poder preditivo para melhorar a eficiência do processo de fluxo de trabalho de expedição/logística. Por Júlio Barros, João NC Gonçalves e Paulo Cortez, Universidade do Minho, Portugal, e Francisco Cunha e Cândido Martins, Cachapuz, Portugal.
A introdução do paradigma da Indústria 4.0 e a profunda transformação digital, estão a mudar a mentalidade das empresas em direção à gestão integrada da cadeia de logística. A Indústria 4.0 refere-se a uma nova fase da revolução industrial, ou seja, a Quarta Revolução Industrial. Com ele, novos conceitos como Sistemas Ciber-Físicos (CPS) surgiram, que representam uma nova geração de sistemas computacionais integrados com o mundo físico.
Entrevista realizada pela Revista Spot ao Eng. Cândido Martins, Executive & Innovation Manager na Cachapuz e Presidente do Comité Estratégico e de Supervisão do DTX COLAB.
A Cachapuz continua a promover um ecossistema de inovação na região e a fazer chegar tecnologia ‘made in Braga’ ao mundo, muito em parte pela sua visão colaborativa da transformação digital, como a ligação ao DTx Colab, com projetos disruptivos como o NeWeSt que promete mudar o paradigma dos sistemas de pesagem mundiais com integração de IoT e inteligência artificial…
O Centro de Competências Tecnológicas da Cachapuz, em Braga, é uma referência em todo o Bilanciai Group. Continuar a levar tecnologia de base portuguesa ao mundo continua a ser uma das principais missões desta estrutura?
O Grupo Bilanciai integra, além da Cachapuz, empresas em Espanha, França, Reino Unido, Alemanha, Suíça, Bélgica, Holanda e Estados Unidos e possui uma rede de parceiros com abrangência global. Em reconhecimento da capacidade tecnológica da Cachapuz, o Grupo Bilanciai tem, em Portugal, um dos seus Centros de Competências Tecnológicas com o objetivo de conceber e implementar soluções de software e automação que complementem e acrescentem valor aos equipamentos produzidos e comercializados pelas restantes empresas do grupo. Esta estrutura tem participado em diversos projetos de parceria que visam agregar inovação tecnológica e diferenciação à oferta do Grupo Bilanciai, sendo atualmente líder de um projeto em copromoção que tem como objetivo promover uma mudança de paradigma no ecossistema dos sistemas de pesagem, a nível de conceito, tecnologias utilizadas e modelos de negócio.
Que soluções ‘made in Braga’ são hoje aplicadas na indústria mundial?
Em Portugal somos líderes na conceção, produçãoe comercialização de equipamentos de pesagem e implementação de soluções de software e automação para a área industrial. A nível internacional somos uma referência na automatização e otimização de processos logísticos e temos soluções implementadas em unidades industriais de relevantes grupos empresariais de referência internacional, em particular na indústria do cimento. São soluções críticas e de alta disponibilidade que asseguram a automatização das operações logísticas de carga e descarga
de camiões. Aproveitamos todo o potencial da computação e automação para ajudar a que todo este processo seja otimizado, eficiente, inteligente e mais rápido.
Consideram-se cada vez mais um parceiro na digitalização das empresas?
Somos um parceiro ativo na digitalização dos processos operacionais de forma integrada com os ERP’s dos clientes e fornecemos uma componente de Business Analysis que permite uma proatividade efetiva dos sistemas que implementamos. As nossas soluções proporcionam a interoperabilidade, conectividade e partilha de dados entre todos os intervenientes nos processos operacionais aumentando a eficiência dos recursos utilizados e a capacidade de resposta em tempo real a decisões críticas.
O capital humano e o talento da região são uma marca essencial da Cachapuz?
Os engenheiros estão no cerne das transformações económicas, na criação de novos produtos e novas áreas de alto valor acrescentado. Nada acontece sem a equação pessoas, conhecimento e cooperação. A Cachapuz sempre apostou em dotar a sua estrutura de colaboradores altamente qualificados, em particular licenciados na Universidade do Minho e, mais recentemente, de institutos politécnicos da região, promovendo também diversos estágios em colaboração com estas entidades. Para o desenvolvimento de competências é crítico termos níveis de habilitações cada vez mais elevados, apostando numa gestão de pessoas capaz de atrair e reter os talentos. Assim foi e será possível garantir a passagem do legado entre gerações permitindo que empresas centenárias, como a nossa, possam existir por mais séculos.
O desenvolvimento de respostas pioneiras só se alcança com cooperação?
Mantemos desde meados dos anos 80 uma relação de forte cooperação com a comunidade académica, destacando-se a Universidade do Minho, que em 1985 resultou no lançamento da primeira balança e do primeiro terminal eletrónico em Portugal. Desde então, participamos em programas e iniciativas que fomentam a relação entre os dois mundos, mas também em projetos de investigação que permitem desenvolver novas tecnologias para potenciar a entrada em novas geografias e em novos clientes. A escala e velocidade da evolução tecnológica que estamos a presenciar exigem que as organizações estabeleçam parcerias para a obtenção de respostas pioneiras e em tempo útil para o mercado. A Cachapuz existe porque inova. Quem não inova, não sobrevive. Na Cachapuz, a inovação não é propriedade de ninguém, é uma responsabilidade de todos, transversal a toda a organização.
Quão importantes se têm revelado os Laboratórios Colaborativos como o DTx Colab?
Os laboratórios colaborativos assumiram recente notoriedade, fundados com o objetivo principal de criar, direta e indiretamente, emprego qualificado e emprego científico em Portugal através da implementação de agendas de investigação e de inovação orientadas para a criação de valor económico e social. Acompanhando estas iniciativas, a Cachapuz participou na génese do Laboratório Colaborativo em Transformação Digital (DTx), que desenvolve investigação aplicada em diferentes áreas associadas à transformação digital e centra esta investigação na criação de sistemas ciberfísicos (CPS) de nova geração. Atualmente a Cachapuz ocupa a presidência do CES (Comité Estratégico e de Supervisão) do DTx e participa regularmente nas reuniões da Direção Executiva.
O que é que tem ‘saído’ destes laboratórios em termos de inovação?
Restringindo-nos ao exemplo do DTx, para além do sucesso reconhecido pelos associados dos resultados obtidos nos diversos projetos, de diferentes tipologias, em que está envolvido, de realçar as iniciativas em curso no âmbito das estruturas do tipo Pólo de Inovação Digital e projetos que foi convidado a integrar no âmbito das Agendas de Inovação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). O relatório anual dos mentores internacionais, nomeados pela ANI, que fazem o acompanhamento anual do desenvolvimento do DTx enquanto CoLAB, destaca que o DTx é claramente um dos CoLABs de melhor desempenho com a combinação certa de projetos de investigação e inovação e com um elevado impacto para o futuro económico de Portugal.
A transformação digital, ou a indústria 4.0, são hoje realidades nas empresas, mas é na prática da I&D que estes laboratórios fazem a diferença?
Os quadros altamente qualificados dos laboratórios colaborativos serão certamente as futuras áreas de I&D das empresas, permitindo a estas um maior foco no mercado e a redução do time-to-market na disponibilização de novos produtos e soluções. Retomando o exemplo do DTx, num universo de 51 colaboradores, a equipa é formada por 7 licenciados, 27 mestres e 17 doutores em diversas áreas de investigação. Ainda de referir que no seio dos seus colaboradores estão em curso seis Mestrados e nove Programas Doutorais no âmbito do trabalho desenvolvido pelo colab. Esta caracterização de recursos é certamente um fator crítico e diferenciador na prática de I&D que a maioria das empresas não consegue endereçar de forma autónoma.
O que visa o projeto NeWeSt?
O NeWeSt é um projeto liderado pela Cachapuz em copromoção com o DTx, INL e Universidade do Minho que termina em junho de 2023 com um investimento na
ordem dos 1.3 milhões de euros. Com este projeto estamos a consolidar um espaço colaborativo entre todas as empresas do Grupo Bilanciai, sendo o DTx a equipa científica que está a liderar os desenvolvimentos nas diferentes áreas de atuação. Estamos, também, a promover uma mudança de paradigma no ecossistema dos sistemas de pesagem, em termos de conceito e tecnologia, com a aquisição de dados IoT provenientes de novos sensores e dispositivos inteligentes, a sua agregação numa plataforma cloud e disponibilização de uma arquitetura de microsserviços para desenvolvimento de uma nova oferta ao mercado. Além do desenvolvimento de novos sensores e dispositivos inteligentes, os dados recolhidos serão tratados com recurso a inteligência artificial e a informação disponibilizada através de serviços inteligentes, contribuindo para que os decisores possam usar essa informação para melhorarem os seus negócios.
É nesta lógica colaborativa que o futuro se constrói?
A lógica colaborativa já está a construir o futuro. Temos de ter a consciência que a transição digital é uma transformação contínua, os atuais modelos de negócio, as profissões e os modelos organizacionais não vão sobreviver, vão ser substituídos, muitos não sabemos como serão, mas serão diferentes. Só de uma forma colaborativa preparamos um futuro melhor a nível económico, social, empresarial e um futuro mais justo.
Que ações prevê o roadmap da Cachapuz para 2022/2024?
O roadmap de transformação digital na Cachapuz desenvolve-se em vetores como a a transição e a criação de dispositivos inteligentes; a transição da unidade industrial para a interligação entre unidades industriais; entender a Cloud como facilitador para promover novos modelos de cooperação e negócios e tirar proveito de novas tecnologias para criar novos produtos. Soluções móveis, inteligência artificial, IOT, blockchain irão transformar drasticamente o portfólio das soluções atuais da Cachapuz. Os próximos meses estarão alinhados com o roadmap 2022/2024, com ênfase no projeto NeWeSt e na continuidade de implementações das soluções a nível nacional e internacional, incorporando gradualmente novos módulos e funcionalidades que as mantenham diferenciadoras e inovadoras nos setores de mercado em que atuamos.
A Cachapuz Bilanciai Group esteve presente no Avepark – Parque de Ciência e Tecnologia, para o 5º aniversário do DTx colab (Digital Transformation Colab), onde esteve presente todo o seu Comité Estratégico de Supervisão, os diferentes associados e colaboradores e a contou, ainda, com a presença de Domingos Bragança, presidente da Câmara de Guimarães, António Cunha, presidente da CCDR-N, e António Bárbara Grilo, presidente da Agência Nacional de Inovação.
O DTx, é uma associação privada sem fins lucrativos, que desenvolve a sua atividade efetuando investigação aplicada em diferentes áreas associadas à transformação digita, tem como missão criar soluções inovadoras para a transformação digital, a partir da criatividade e do conhecimento, dando resposta às necessidades dos Associados e da sociedade, gerando valor económico e social em Portugal, incluindo emprego qualificado. Neste caso, trabalha na interseção dos domínios físico, digital e cibernético, com o objetivo de criar a próxima geração de sistemas ciber-físicos evoluídos, que seja capaz de esbater a fronteira entre o mundo real e o mundo virtual.
A Cachapuz como membro fundador do DTx CoLab e parceiro no desenvolvimento de projetos de referência da inovação e da transformação digital, esteve presente no evento a apresentar as conclusões do seu mais recente projeto NeWeSt “Nova geração de Sistemas de Pesagem ciber-físicos”, desenvolvido pela Cachapuz em parceria com o DTx, a Universidade do Minho, o INL (Instituto de Nanotecnologia), que conta com um investimento total de 1.3M€.
Cujo objetivos estratégicos são – o desenvolvimento de uma plataforma cloud agregadora de dados e serviços, com a aquisição de dados de IoT e interfaces de programação (APIs) com diferentes níveis de acesso para criação de novas aplicações de negócio dentro do ecossistema Cachapuz; Desenvolvimento de dispositivos inteligentes, que incorporam: (i) células de carga digitais com sensores inovadores, dispositivos IoT e firmware; (ii) Smart Boxes, sistemas operativos open source e funcionalidades de pesagem e comunicação inteligentes e (iii) Smart Devices com funcionalidades de agregação, processamento de dados e comunicação inteligentes; Desenvolvimento de um sistema de comunicação de dados seguro e confiável, que recorre a Firmware Update Over The Air seguro e suporte a vários tipos de comunicações: BLE e Wi-Fi para ambientes industriais (curto alcance), LoRa e NB-IoT para soluções de células de carga individuais com ligação segura e escalável através da infraestrutura de rede das operadoras de telecomunicações; E desenvolvimento de novos sensores, sensores magnetoresistivos nanofabricados nos laboratórios do INL, assim como outros sensores do tipo piezo-eléctrico;
Além disso, foi ainda apresentado pelo Eng. Cândido Martins, Diretor de Engenharia e Inovação da Cachapuz e Presidente do Comité Estratégico e de Supervisão do DTx, os Desafios da Inovação na Indústria, em como um ecossistema colaborativo é uma vantagem para as empresas na aplicação de boas práticas e maior garantia de obtenção de resultados nos projetos de inovação e como é, cada vez mais, necessário incentivar uma cultura de abertura/mindset para a mudança.
A inovação faz parte do ADN da Cachapuz tendo estado sempre associada a diferentes entidades científicas e, ao longo dos anos, sido pioneira no seu setor – como, por exemplo, a criação da 1ª Balança Eletrônica em conjunto com a Universidade do Minho (em 1985), o lançamento do C93 em 1993, a 1ª solução em Portugal de automação de arquitetura proprietária e implementado o 1º autoatendimento de carga em massa até, aos dias de hoje, com o lançamento do Ecossistema de inovação de Cachapuz em 2020.
Em entrevista à Spot, a Diretora Geral da Empresa, Graça Cunha Coelho, refere que o futuro passa pela nova geração de Sistemas de Pesagem ciberfísicos que a Cachapuz acaba de desenvolver em parceria com o DTx Colab, o INL e a Universidade do Minho e que esta cocriação de valor feita de pessoas continua a ser o catalisador de um ecossistema de inovação de Portugal para o mundo.
Os últimos meses são exemplo de novas soluções disruptivas para o setor?
No passado mês de junho concluímos o projeto NeWeSt – Nova geração de sistemas de pesagem ciberfísicos, que promete impactar positivamente o nosso setor, quer do ponto de vista das tecnologias utilizadas quer do ponto de vista dos modelos de negócio. Foi um projeto liderado pela Cachapuz em copromoção com a Universidade do Minho, o Laboratório colaborativo em transformação digital (DTx) e o Laboratório Ibérico de Nanotecnologia (INL), com um investimento de 1,3M€.
Vencemos o prémio European Product Design Awards 2022, na categoria de Event Supplies, com o nosso kiosque 2050 e criamos uma nova loja online com uma componente solidária, inspirada no conceito buy one give one.
Por outro lado, estamos muito focados na automatização dos processos logísticos, expedição e pesagem na indústria, em geral, através das nossas soluções SLV Industry e SmartWeigh, soluções estas de alto valor acrescentado.
Têm sido meses intensos a concluir vários projetos e implementações no mercado externo, em países como Bolívia, Camarões, Marrocos e Argentina. De referir, que este ano comemoramos os 30 anos da nossa solução SLV Cement que conta com implementações em mais de 15 países.
São as pessoas que fazem a inovação acontecer?
Sem dúvida. Continuamos focados em inovar e criar soluções diferenciadoras, antecipando tendências de mercado no setor. A inovação faz parte do nosso ADN e da nossa jornada diária que conta com mais de 100 anos de história.
Neste momento, temos mais de 60 colaboradores que são uma voz ativa e um contributo essencial numa indústria desafiante como a nossa. Realçamos a importância do departamento de engenharia e inovação, que conta com uma equipa de profissionais altamente qualificados e que trabalha lado a lado com várias entidades científicas e tecnológicas no desenvolvimento de projetos inovadores e disruptivos e o departamento técnico e produtivo responsáveis por garantir o desenvolvimento de produtos com elevado nível de qualidade.
O departamento de apoio ao cliente destaca-se pela forma como serve os clientes procurando ir sempre mais além no que toca à satisfação e fidelização dos mesmos. O departamento comercial conta com uma equipa de consultores comerciais sempre atentos às necessidades do mercado garantindo uma resposta rápida e assertiva.
Não menos importante, são todas as áreas de suporte cruciais para a monitorização e acompanhamento de todas as atividades, nomeadamente, o departamento administrativo e financeiro, o marketing, a qualidade e a HST.
De que forma trabalham a partilha de informação entre diferentes departamentos?
Todas as pessoas são convidadas a partilhar as suas ideias e sugestões de melhoria, de forma informal e em reuniões regulares intra e interdepartamentais. Todas as ideias e sugestões são bem-vindas e é nessa troca de conhecimento e experiências que o crescimento acontece.
Para além disso, somos apologistas de utilizar a digitalização a nosso favor. Dispomos de um portal e de uma revista interna “My Cachapuz” para partilha de informação, documentos e eventos.
Não existe futuro se não trabalhamos todos em equipa de forma cooperativa e colaborativa. Unidos somos capazes de feitos incríveis.
A cocriação de valor com instituições como o DTx, o INL e a Universidade do Minho continua a ser um exemplo do vosso mindset colaborativo?
Uma empresa que não esteja aberta e preparada para incentivar uma cultura para a aprendizagem colaborativa num contexto de mudança tão acelerado e cada vez mais complexo, não conseguirá responder aos desafios de curto e médio prazos e tornar-se-á irrelevante. A cocriação de valor permite-nos chegar mais longe e mais rápido, antecipar e lançar tendências, identificar oportunidades e atender a necessidades ainda por explorar. Em conjunto com o grupo Bilanciai e demais parceiros, criamos e desenvolvemos uma rede colaborativa que nos tem permitido trabalhar a diferenciação competitiva numa base de melhoria contínua. Juntamos o saber-fazer com o saber-saber cientes de que o propósito da experimentação não é o sucesso, mas a aprendizagem.
Antecipar tendências de mercado e acompanhar a transformação digital das empresas requer uma aposta contínua em formação, nomeadamente o upskilling e reskilling dos vossos quadros?
Não faz sentido investirmos no desenvolvimento de novos produtos e serviços se não investirmos primeiramente nas pessoas. Precisamos de quadros preparados para acompanhar os novos desafios, nomeadamente, a ameaça da disrupção tecnológica e precisamos que desenvolvam os skills que nos levem ao sucesso. Por isso, investimos continuamente na formação de cada um, quer através da nossa academia, quer através de parcerias com entidades externas tanto no desenvolvimento de competências pessoais como profissionais.
Este ano, estamos a trabalhar temas como a saúde mental e a literacia financeira em colaboração com entidades especializadas. Todos nós, sem exceção, necessitamos de ferramentas, de estratégias que nos ajudem a sermos melhores, a fazermos melhor e a lidarmos melhor com o atual contexto económico, financeiro e social. Referir, ainda, que integramos o projeto “Aliança de Pós-Graduação — Competências para o Futuro” promovido pela Universidade do Minho em colaboração com mais de 70 entidades (empresas e organizações públicas, privadas, regionais e nacionais) que visa dar respostas adequadas às necessidades do mercado de trabalho, através de um portefólio de formação pós-graduada, não conferente de grau, de curta duração e de cariz profissionalizante, na perspetiva do upskilling e reskilling.
A tecnologia será sempre humanizada?
Os negócios são feitos de e para pessoas, por esse motivo acreditamos que a tecnologia existe para servir as pessoas, transformando dados em insights, eliminando tarefas repetitivas e melhorando a nossa qualidade de vida. Automatizar processos não significa automatizar pessoas. Na era da inteligência artificial, a empatia, a compaixão, a bondade e a curiosidade é o que nos distingue e nos torna únicos.
Que ações de employer branding têm privilegiado nos últimos meses?
Trabalhamos, todos os dias, para garantir a motivação e o compromisso dos colaboradores e criar uma cultura de proximidade. Proporcionamos um conjunto de iniciativas, experiências e dinâmicas que promovem o relacionamento interpessoal, o engagement com a empresa e com os colegas. Procuramos criar um ambiente de trabalho colaborativo, assim como atrair e desenvolver os profissionais com vista a uma maior qualificação e capacitação identificando e desenvolvendo talento e competências (humanas e técnicas). Promovemos um ambiente de trabalho seguro e saudável gerindo a diversidade geracional de forma agregadora e inclusiva.
Procuramos, sempre que possível, oferecer as melhores condições de trabalho aos nossos colaboradores. Este ano, para além do prémio anual pelos resultados alcançados, aumentamos os salários em 10% e realizamos uma parceria com a Coverflex para a gestão dos benefícios flexíveis.
Acreditamos que para termos sucesso temos de garantir que cuidamos uns dos outros, que crescemos juntos e que festejamos juntos.
Case studies de sucesso que materializem o vosso espírito de inovação em Portugal e no mundo?
Ao longo de tantos anos, são inúmeros os casos de sucesso que desenvolvemos quer em Portugal quer no estrangeiro. As empresas com as quais trabalhamos são mais do que clientes e muitos revelaram-se parceiros estratégicos que nos permitem crescer e que nos ajudam a evoluir todos os dias.
Balanço global do primeiro semestre do ano e objetivos para os próximos meses?
Fechamos 2022 com 83,7 milhões de euros de faturação consolidada no grupo Bilanciai. Este primeiro semestre foi muito positivo, estamos com um crescimento a dois dígitos, o que nos deixa naturalmente satisfeitos.
Recebemos o Estatuto Inovadora Cotec’23 e fomos considerada uma das melhores empresas para trabalhar através do Índice de Excelência, o maior estudo de clima organizacional e de desenvolvimento do capital humano em Portugal, realizado pela Neves de Almeida e o ISCTE.
Estamos muito empenhados na inovação e no time-to-market, centrados nas pessoas para criarmos mais valor e vidas melhores, simplificando e desburocratizando as organizações.
A Cachapuz é pioneira em Portugal na conceção e fabrico de equipamentos de pesagem e no desenho e implementação de soluções de software para pesagem industrial, sendo líder de mercado no seu setor de atividade.
Esta liderança assenta na constante inovação e complementaridade da sua oferta com soluções de elevada incorporação tecnológica e adequadas ao dinamismo e exigências da nova economia. Atualmente, a investigação e a especialização tecnológica continuam a ser uma aposta sustentada da Cachapuz. A busca de novas soluções para o mercado é um propósito constante na sua dinâmica atual, que procura desenvolver respostas pioneiras às necessidades de mercado.
O Laboratório Colaborativo em Transformação Digital – DTx, é uma associação privada sem fins lucrativos, que tem como principais atividades criar, estudar e implementar novas abordagens holísticas na conceção e no desenvolvimento de sistemas ciber-físicos (CPS), capazes de integrar perspetivas transdisciplinares (pensamento de engenharia de sistemas), combinadas com pensamento criativo (design thinking), complexidade e multidisciplinariedade de conhecimentos, na promoção da inovação aberta e da sustentabilidade na criação de produtos, serviços e interfaces em tecnologias ciber-físicas.
O INL, localizado em Braga (Norte de Portugal) foi fundado pelos governos de Portugal e Espanha ao abrigo de um quadro legal internacional para realizar investigação interdisciplinar, implantar e articular a nanotecnologia em benefício da sociedade. O INL pretende se tornar o centro mundial de nanotecnologia para enfrentar os grandes desafios da sociedade.
As atividades de Pesquisa e Tecnologia estão focadas em seis clusters: Saúde, Alimentos, Energia, Meio Ambiente, TIC e Tecnologias Emergentes do Futuro, que se complementam e fornecem uma base para interações interdisciplinares entre nossas pesquisas. O laboratório de nanotecnologia completo permite pesquisas líderes do mais alto padrão internacional.
A Universidade do Minho pretende ser uma Universidade sem muros, com foco no meio socioeconómico regional, nacional e internacional.
No contexto do H2020, a UM já viu 55 projetos aprovados, coordenando 11 deles. Em relação ao H2020, a UM é também a 1ª organização de investigação portuguesa, considerando o número de participações em projetos e a contribuição da UE por organização. A UM assumiu um envolvimento importante em conexão com o tecido socioeconómico, particularmente em termos de inovação e desenvolvimento tecnológico.
Neste contexto, é importante o reforço do conhecimento baseado na gestão da propriedade intelectual, uma área onde a UM é uma das universidades PT com mais patentes registadas. A UM é também uma das melhores universidades PT no ranking global da Times Higher Education, que lista as 400 melhores universidades do mundo.